domingo, 18 de julho de 2010

Origens da Maçonaria

Léon de Poncins*

São vagas e multiplas, se nos basearmos nas versões contradictorias fornecidas pelos maçons. Parece indiscutivel que a associação data de época remota. Na Inglaterra, provem das confrarias dos pedreiros constructores da Idade Média.

Historicamente, póde-se affirmar que, sob a fórma actual, a Maçonaria existe desde 1717. Nessa época, diversas lojas inglezas reuniram-se em Londres e fundaram a Grande Loja da Inglaterra, a mais antiga de todas as lojas do universo. James Anderson foi encarregado de reunir, corrigir e redigir, sob uma fórma definitiva, os estatutos maçonicos. O seu trabalho appareceu em 1723 e serviu de base a todas as constituições maçonica actuaes. 1

(¹) Informações minuciosas nas obras seguintes: W. J. Hughan - Constitutions of the Free-Masons of the premier grd. Lodge of England. Londres 1889. W. Begemann - Vorgeschichte und Anfange der Freimaurerei in England. Berlin 1909.

PONCINS, Léon. As Forças Secretas da Revolução. Maçonaria - Judaismo. [1. ed.]. Porto Algre: Livraria do Globo, 1931. Transcrtito da página 22. Foi conservada a grafia do original.

* O Conde Léon de Poncins(1897-1976) foi um combativo e controvertido intelectal francês do Século XX. Publicou diversas Obras, entre as quais: La Franc-Maçonneríe puissance Occulte, Société des Nations Super-État Maçonnique, Tempête sur Le Monde e muitas outras.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Templários e Maçonaria

Gustavo Barroso*

(...).

Para se ter uma compreensão nítida do que foi a Revolução Francêsa, que abre o periodo que denominamos Imperio do Capricornio, isto é, simbolicamente, Imperio da Confusão, dos Instintos, da Animalidade, precisamos recuar no tempo até a Ordem dos Templarios. O espirito religioso e social da Idade-Média, informada pelo Feudalismo e pela Igreja, floresceu admiravelmente na instituição da Cavalaria. Os cavaleiros cristãos que combatiam pela Cruz, que perseguiam os máus, que endireitavam os tôrtos, que vingavam os agravíos, que venciam os bruxêdos, que domavam os monstros e que aspiravam um lugar á Tavola Redonda ou ajoelhar-se aos pés do Santo Graal, formavam como que uma Ordem religiosa Universal. Daí, com o tempo, o aparecimento no seu seio das Ordens Monásticas Militares, entre as quais a dos Templarios, defensores do Templo, chegou ao fastigio da riqueza e da influencia politico-social. Por é no ámago dessa Ordem, expressão exponencial da Cristandade, que o nemrodismo secreto vai, propositalmente, depôr suas larvas de infamia. E disso decorreria, através dos séculos, um encadeamento de causas e efeitos que levaria a sociedade ocidental ao apcoalipse revolucionario.

Se não, vejamos:

No começo do seculo XIV, a Ordem dos Templarios, fundada em 1118 por Hugo de Payens, possuia dez mil senhoríos e ilimitado poder. A disciplina de seus membros perante as autoridades civis e religiosas era uma simples afetação. Êles visavam o dominio do mundo, impulsionados da sombra por espiritos reveis á autoridade do Trono e do Altar. Uma velha tradição os dá como cristãos-joanitas, isto é, descendentes diretos de pretensos fieis de S. João e não de S. Pedro e S. Paulo. No recesso de seus castelos roqueiros, praticavam a goetia, a magia negra(3). O maniqueismo oriental os invadira, quando a Ordem estivera na Palestina, em contáto com os judeus cabalistas e os sectarios do Velho da Montanha. Sobre êsse facto não resta a menor dúvida histórica(4). O dualismo de Manés é, pelo seu antagonismo primordial, a completa negação do Princípio de Unidade, portanto de qualquer sintese religiosa e social.

A lenda do Bóde Preto, que o povo julga existir nas lojas da Maçonaria atual, provem do culto prestado pelos Templario a um idolo de cabeça de bóde, deante do qual o cavaleiro professo prestava seu juramento de obediencia, renegando a Nosso Senhor Jesus Cristo(5). Intitulava-se Bafomet. Êsse Capricornio da Dissolução e da Anarquia, enfeitado mais tarde com o manto ensanguentado dos Imortais Principios, levou a humanidade ao abismo da Grande Guerra e continúa a receber oblatas de seus adoradores(6).

Antes que a Maçonaria Templaria pudesse dar na Europa o grande golpe politico que premeditava, sobre ela pesou a mão de ferro dum dos maiores soberanos do Ocidente, o rei Felipe o Belo de França. De surpresa, comendadores, bailíos e cavalaieors fôram presos por todo o reino, na noite de 12 para 13 de novembro de 1307. Instruidos pelo monarca francês, os reis da Sicilia, de Castela, de Aragão, da Inglaterra, de Chipre, os principes flamengos e italianos fizeram o mêsmo. A conspiração da ordem social destruiu assim a conspiração da desordem. O concilio de 1311 proclamou a abolição da grande Ordem. Até essa data arrastou-se o minucioso processo iniciado com as prisões e devassas havia quatro anos. Nada foi feito de afogadilho. Houve muito tempo para colher provas, receber defesas, fazer agir empenhos e aclamar paixões. Todavia só em maio de 1311 foi queimado vivo o primeiro condenado para escarmento e intimação dos cavaleiros presos, que recalcitravam em confessar os crimes que lhes eram imputados. Seguiram-se, depois, outras execuções. O Grão Mestre, Jaques Molay, somente foi levado á fogueira a 18 de março de 1313, data do calendario anterior a Carlos IX. Suas cinzas - diz uma tradição - fôram recolhidas pelo cavaleiro Aumont e sete companheiros, todos disfarçados em pedreiros (maçons), nascendo daí a Maçonaria... Desta maneira, "imensa sociedade secreta se constituiu sobre as ruinas do Templo"(7).

(...).

(3) "Levitikon ou Exposé des Principes Fondamentaux des Chrétiens Catholiques Primitifs" - Clavel - "Histoire Pittoresque de la Franc-Maçonnerie" - "Manuel des Chevaliers du Temple" - Th. de Cauzons - "Histoire de la Magie et de la Soorcellerie en France".
(4) Mignard - "Preuves du Manicheïsme dans l'Ordre du temple".
(5) O bóde-preto, o Bafomet, era beijado in virga virilis ey in fine spinae dorsalis. _ Henri Martin - "Histoire de France" - Jules Gavirot "Histoire de la Magie en France".
(6) Henri-Robert-Petir - "La dictadure des loges". - Paraf - "Israel-1931".
(7) Stanislas de Guaita - "Le Serpent de la Génèse".

BARROSO, Gustavo. Quarto Imperio. Rio de Janeiro: José Olympio, 1935. Transcrito das páginas 99, 100, 101 e 102. Foi conservada a grafia do original. O título da Postagem é de nossa Autoria, mas, inspirado no Texto.

* Gustavo Barroso (1888-1959), dispensa apresentações. Apenas assinalamos que foi, no Brasil, o mais preparado opositor da maçonaria. Aqui no Blog já publicamos o seu A Maçonaria.

Maçonaria Bastarda

Stanislas de Guaita*

(...)

Todavia, sem nenhum medo de semear o temor ou o estupor; desdenhando, quando lhes era possível, sem perigo, todo este luxo de encenação, os verdadeiros iniciados reuniam-se, também, e a grande Ísis sentava-se em seu meio. Fundaram-se associações herméticas que deviam a rubricas forjadas o privilégio de uma segurança relativa. Citaremos, a título de memória, a ordem dos Templários (ninguém lhe ignora a origem e o fim trágico)¹; as confrarias da Rosa-Cruz e dos Filósofos Desconhecidos, sobre as quais a história, por outro lado, mal se pronuncia e, finalmente, a Franco-Maçonaria oculta, prolongamento mais ou menos direto da Ordem do Templo, iniciada, segundo consta, por Jacques de Molay, antes de sua condenação à fogueira. Mas, a moderna franco-maçonaria - sonho de algum Ashmole em delírio, cepo bastardo e mal enxertado no antigo tronco - não possui mais a consciência dos menos significatvos de seus mistérios. Os velhos símbolos que ela reverencia e que transmite em uma piedosa rotina tornaram-se-lhe simplesmente letra morta: uma língua cujo alfabeto perdeu. Seus afilhados, destarte, nem mais suspeitam de onde vêm e para onde vão².

(...)

¹ Ver GUAITA, S. O Templo de Satã. São Paulo, Editora Três, 1973, Biblioteca Planeta, Vol. I págs. 188 e segs.
² Os maçons começam a compreender o ridículo de suas vãs iniciações. Alguns querem suprimir o simbolismo; outros, mais esclarecidos, procuram sua elucidação racional. Um grupo de pesquisas iniciáticas foi recentemente formado sob a inspiração de um maçon pertencente à verdadeira Rosa-Cruz, Oswald Wirth, tendo como objetivo reencontrar a palavra perdida dos antigos mistérios.

GUAITA, Stanislas. No Umbral do Mistério. Porto Alegre: Grafosul, 1979. Transcrito da página 35. Foi conservada a grafia do original. O título da Postagem é nosso, porém, inspirado no Texto.

* O Marquês Stanislas de Guaita(1861-1897), não obstante ter falecido jovem, foi uma das figuras exponencias do Ocultismo francês do Século XIX. Sua Obra mais famosa é "O Templo de Satan".

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Origen de la Masonería

Jose Maria Caro Rodriguez*
Cardenal Arzobispo de Santiago de Chile

120 - Diversidad de Opiniones.
Insensiblemente me he ido alejando de mi propósito, dando mayor extensión de lo que había pensado a este libro, y aunque quisera terminar aquí, sin embargo hay dos o tres puntos más que creo indispensable bosquejar siquiera ante los lectores que hayan tenido paciencia de leer lo que precede. Entre ellos está la cuestión del origen de la Masonería, del cual paso a tratar.

Pocos asuntos hay en que haya más diversidad de asertos y pareceres y se haya dado más campo libre a la invención y a la fábula. Con decir que se le hace subir no sólo hasta N. S. Jesucristo, no sólo hasta la construcción del Templo de Salomón, hasta la edificación de la torre de Babel, sino también hasta Adán, hasta Dios mesmo, ya se tendrá una idea del embrollo con que la Masonería ha envuelto su origen ante sus adeptos. "Es el oprobio de la Masonería", dice Mackey (Enciclopedia, 296), "que todavía no haya sido escrita su historia con un espíritu de verdadera crítica; que la credulidad haya sido el fundamento sobre el cual se hayan levantando todas las investigaciones históricas masónicas... ; que los eslabones perdidos de una cadena de evidencia hayan sido suplidos frecuentemente con gratuitas invenciones y que afirmaciones de gran importancia hayan sido apoyadas en testimonios de documentos cuya autenticidad no se ha probado" (Cath. Encyc. Masonry, p. 722). El mismo Mackey señala doce opiniones diversas sobre el origen de la Masonería.

121 - Origen de su organización.
Sim embargo, generalmente entre los hermanos se conviene en que la Msonería azul, de los tres primeros grados, en su forma actual, data de 1717, en que fué reorganizada en Inglaterrra por Anderson. Cuatro logias de masones de Londres se reunieron en la Taberna del Diablo, según refiere Mackey en la Encyclopedia of Freemasonry, y constituyeron la Gran Logia, dándole un ritual y una "Constitución".

En París, la primera logia se reunió también en una taberna; y las demás que se fueron fundando siguieron esa costumbre, que fué común a otros países de Europa. "En América", continúa Mackey, "esa práctica ha cesado sólo em fecha relativamente reciente, y es posible que en algumas aldeas obscuras no haya sido aún abandonada... El primer salón masónico de que haya mención es uno que fué erigido por la logia de Marsella, en Francia, el ano 1765... Em 1772 la Gran Logia de Inglaterra hizo las primeras diligencias para la construcción de un salón, habiendose suscrito una considerable suma para ello..."

La palavra Logia, común a todos los idiomas, derivada del inglés Lodge, es prueba, según Mackey, del origen inglés de las logias masónicas de todas as partes;lo mesmo que la letra G, como sustituta del Y en Yehovah, manifiesta el mismo hecho. aunque sólo en inglés y en alemán venga a representar la idea primitiva de Dios, God, Got.

Pero esta palabra, que para los grados azules suena simplemente Dios y es God, para los grados más altos y para los supremos doctores de las logias, no és más que el resultado de tres iniciales hebreas, G. O. D., de las tres palabras Gomer, Oz, Dabar, que significam respectivamente Sabiduría, Fuerza y Belleza. Y si no fuera por esa coincidencia, esos altos masones no usarían el nombre de Dios, God, ni la letra G, que suelen poner en el triangulo de sus logias. "Es una singular coincidencia. dice el H MacClenachan, continuador de Mackey, "y dignan de meditarse, que las letras que componen el nombre inglés de la Divindad, sean las iniciales de las palabras hebreas sabiduría, fuerza y belleza, las tres grandes columnas o sostenes metafóricos de la Masonería. Ellas parecen presentar la única razón casi que puede justificar a un masón para usar la inicial "G" en su visible suspensión en el oriente de la logia en lugar del delta. La coincidencia parece ser más quer una casualidad".

Avanzando más en la explicación, los doctores masones llegan a la conclusión de que esas letras representam los poderes prolíficos de la naturaleza, que son el verdadero gran arquitecto de la Masonería (Preuss, cap. VIII. The God of Freemas).

Por lo que toca a los demás grados, agregados a los tres primeros reconocidos en la Constitución de la Gran Logia Madre, no entraré a dar noticias de las opiniones que hay sobre ellos. Pueden verse en alguns de los autores citados. He aquí el resumen de Nesta Weber: "Quedan en pie los seguientes hechos: 1) Que mientras la Masonería Británica del Arte seguía las huellas de su origen hasta las guildas o asociaciones de albañiles, los francmasones de Francía de 1737 para adelante, han colocado el origen de la Orden en la caballería de las cruzadas; 2) que fué entre estos masones entre los que se erigieron los grados superiores conocidos como del Rito Escocés; y 3) que, como ahora los vemos, estos grados claramente sugieren la inspiración de los Templarios (Secr. Soc., etc., p. 141).

No es raro encontrar en los autores las declaraciones de masones ou ex masones que atribuyen a los altos grados todos los crímines y corrupción de que se ha hecho culpable la Masonería; lo que sólo es verdad en el sentido de que el secreto de los altos grados ha fomentado extraordinariamente el espíritu de subversión que en los primeros no está aún muy francamente desarrollado.

CARO Rodriguez, Jose Maria. El Misterio de la Masonería. [2. ed.]. [s.l]. [s.d.]. Transcrito das páginas 243, 244, 245 e 246. Foi conservada a grafia do original.

* O Cardeal Caro(1866-1958), Primaz do Chile, publicou seu importante estudo sobre a Maçonaria em 1912. Por causa de sua Obra "El Misterio de la Masonería" foi muito perseguido pela maçonaria chilena. O exemplar que utilizamos diz ser a 2ª edição, porém, acreditamos que seja uma outra edição.

Origens Mágicas da Maçonaria

Elifas Levi*

A grande associação cabalística, conhecida na Europa sob o nome de Maçonaria, surge de repente no mundo, no momento em que o protesto contra a Igreja acaba de desmembrar a unidade cristã. Os historiadores desta ordem não sabem explicar-lhe a origem: uns dão-lhe por mãe uma associação de pedreiros formada no tempo da construção de Estrasburgo; outros dão-lhe Cromwell por fundador, sem entrarem em indagações se os ritos da maçonaria inglesa do tempo de Cromwell não são organizados contra este chefe da anarquia puritana; há ignorantes que atribuem aos jesuítas, senão a fundação ao menos a continuação e a direção desta sociedade muito tempo secular e sempre misteriosa. À parte esta útima opinião, que se refuta por si mesma, podem se conciliar todas as outras, dizendo que ows irmaõs maçons pediram aos construtores da catedral de Estrasburgo seu nome e os emblemas de sua arte, que eles se organizavam pela primeira vez publicamente na Inglaterra, a favor das instituições radicais e a despeito do despotismo de Cromwell.

Pode-se ajuntar que eles tiveram os templários por modelos, os rosa-cruzes por pais e os joanitas por antepassados. Seu dogma é o de Zoroastro e de Hermes, sua regra é a iniciação progressiva, seu princípio a igualdade regulada pela hierarquia e a fraternidade universal; são os continuadores da escola de Alexandria, herdeiros de todas as iniciações antigas; são os depositários dos segredos do Apocalipse e do Sohar; o objeto de seu culto é a verdade representada pela luz; eles toleram todas as crenças e não professam senão uma só e mesma filosofia; eles não procuram senão a verdade, não ensinam senão a realidade e querem chamar progressivamente todas as inteligências à razão.

O fim alegórico da maçonaria é a reconstrução do templo de Salomão; o fim real é a reconstituição da unidade social pela aliança da razão e da fé, e o estabelecimento da hierarquia, conforme a ciência e a virtude, com a iniciação e as provas por graus.

Nada mais belo, está se vendo, nada é maior do que estas idéias e estas tendências; infelizmente as doutrinas da unidade e a submissão à hierarquia não se conservaram na maçonaria universal; houve logo aí uma maçonaria dissidente, oposta à maçonaria ortodoxa, e as maiores calamidades da revolução francesa forma o resultado desta cisão.

(...)

Perguntar-nos-ão talvez como, se a maçonaria é tão sublime e tão santa, pôde ela ser proscrita e tantas vezes condenada pela igreja.

Já respondemos a esta questão, falando das cisões e das profanações da maçonaria.

A maçonaria é a gnose e os falsos gnósticos fizeram condenar os verdadeiros.

O que os obriga a esconder-se, não é o temor da luz, a luz é o que eles querem, o que eles procuram, o que eles adoram.

Mas eles temem os profanadores, isto é, os falsos intérpretes, os caluniadores, os céticos de sorriso estúpido, os inimigos de toda crença e de toda moealidade.

Em nosso tempo aliás um grande número de homens que se julgam franco-maçons, ignoram o sentido de seus ritos e perderam a chave de seus mistérios.

Eles não compreendem mesmo mais seus quadros simbólicos, e não entendem mais nada dos sinais hieroglíficos com que são pintados os tapetes de suas lojas.

Estes quadros e estes sinais são páginas do livro da ciência absoluta e universal.

Podem ser lidos com o auxílio das chaves cabalísticas e não têm nada de oculto para o iniciado que possui as clavículas de Salomão.

A maçonaria foi não somente profanada mas serviu mesmo de véu e de pretexto às cabaças da anarquia, pela influência oculta dos vingadores de Jaques de Molay, e dos continuadores da obra cismática do templo.

Em lugar de vingar a morte de Hiram vingaram-se seus assassinos.

Os anarquistas retomaram a régua, o esquadro e a malheta e em cima escrevam liberdade, igualdade e fraternidade.

Isto é, liberdade para as cobiças, igualdade na baixeza e fraternidade para destruir.

Eis os homens que a Igreja condenou justamente e que condenará sempre.

LEVI, Elifas. História da Magia. Com uma Exposição Clara e Precisa de seus Processos, de seus Ritos e de seus Mistérios. São Paulo: Pensamento, 1974. Transcrição das páginas 300, 301, 305 e 306. Foi conservada a grafia do original. Tomei a liberdade de grifar(negrito) certas passagens.

* Eliphas Levi Zahed (1810-1875) - pseudônimo de Alphonse Louis Constant - foi o maior nome das Ciências Ocultas no Século XIX, tendo escrito diversos Livros, entre os quais a famosa trilogia "História da Magia", "Dogma e Ritual da Alta Magia" e "A Chave dos Grandes Mistérios". Não obstante ter exarado a crítica que transcrevemos acima, Levi ingressou na maçonaria, em 1861, mas, após poucos meses desligou-se da mesma, emitindo críticas agressivas.